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79,5% dos Espondilíticos têm problemas de mobilidade

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79,5% dos Espondilíticos têm problemas de mobilidadeEstudo português mostra que 79,5% dos pacientes com Espondilite tem problemas de mobilidade. 

79,5% dos Espondilíticos têm problemas de mobilidade

79,5% dos Espondilíticos têm problemas de mobilidade: A Sociedade Portuguesa de Reumatologia apresenta os resultados do estudo arEA – avaliação de Resultados em Espondilite Anquilosante, realizado pela NOVA IMS. De acordo com o estudo, a doença interfere na mobilidade (79,5%), nos cuidados pessoais como o lavar ou o vestir (53,8%), no trabalho, no estudo, nas atividades domésticas, familiares e de lazer dos pacientes.

O estudo debatido no XXI Congresso Português de Reumatologia, adianta que as crises desta doença comprometem seriamente o desempenho dos pacientes no seu dia-a-dia, particularmente nas atividades domésticas (55,5%), à prática de exercício físico (46,5%), como na caminhada, natação/hidroginástica e nos exercícios de alongamento. Estas dificuldades piora ainda ao deitar e levantar da cama (45,6%), subir e descer escadas, atar os sapatos ou dirigir.

O estudo indica ainda que os pacientes não são os únicos afetados pela doença. Também os familiares e amigos veem as suas vidas limitadas devido aos dias em que têm de faltar ao trabalho para prestarem assistência – o que, no ano passado, aconteceu, em média, 13 dias por ano.

“Os primeiros sintomas (dores, inflamação, rigidez) surgem predominantemente na faixa etária dos 25 aos 34 anos, seguida da dos 20 aos 24 e dos 15 aos 19 anos”, explica o presidente da Sociedade Portuguesa de Reumatologia (SPR), Luís Cunha Miranda.

A partir dos 45 anos regista-se um decréscimo dos sintomas. Segundo dados do estudo, o período entre a manifestação dos primeiros sintomas até à marcação da primeira consulta ultrapassa, em média, os quatro anos – ainda que existam cerca de 24,3% dos inquiridos a afirmar que marcou consulta um médico entre um e seis meses após os sintomas iniciais e 12,9% passado um mês. No entanto, muitos revelaram ter esperado vários anos, chegando até a procurar um médico mais de dez anos depois (14,6%).

“É também nos 25-34 anos que se regista o maior número de diagnósticos, a maioria (65,6%) feita por um especialista em Reumatologia”, refere o presidente da SPR.

Segundo as respostas dos participantes, as articulações sacroilíacas (77,4%), coluna cervical (74,3%), quadris (71,5%), coluna dorsal e lombar (47,5%), joelhos (43,2%), ombros (42,4%) e articulações da mão (40,1%) são as partes do corpo afetadas que mais se destacam.

O estudo aponta que estes pacientes sofrem em simultâneo de outras doenças, como ansiedade e depressão (54,4% afirmou ter estado ansioso ou deprimido no ano anterior ao da realização da investigação), fibromialgia, transtornos do sono e hipertensão arterial.

O impacto desta enfermidade estende-se a médio e longo prazo, tendo os doentes analisados no estudo demonstrado alguns receios, nomeadamente o de ficar incapacitado (32,5%) ou dependente de terceiros (12,4%) e de aumento da dor (8,8%). Em relação às expectativas face ao tratamento da Espondilite, 44,6% não sabem/não respondem, 10,5% manifestaram esperança na cura, 8,2% na redução das dores e 7,9% em manter a doença controlada.

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79,5% dos Espondilíticos têm problemas de mobilidade

Este estudo foi realizado pela NOVA Information Management School, da Universidade Nova de Lisboa e contou com a participação de médicos especialistas de Medicina Geral e Familiar e doentes diagnosticados com Espondilite Anquilosante, residentes em Portugal no ano passado. Envolvendo 33 perguntas feitas a 91 médicos e 125 perguntas feitas a 354 pacientes, este trabalho teve como objetivo estudar a perceção dos pacientes e profissionais de saúde face à Espondilite Anquilosante, conhecer o impacto da doença na qualidade de vida e o seu impacto económico para os pacientes e para a sociedade. Realizados por recolha exaustiva através de ferramenta online, os inquéritos contaram com a colaboração da ANEA e da LPCDR, para divulgação do respetivo questionário junto dos pacientes, e com a colaboração da APMGF e da USF-NA, para divulgação junto dos profissionais de saúde.

Erica Quaresma

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