Fisioterapeuta está superando Espondilite com atividade física – A fisioterapeuta Fernanda Hayde na cidade de Blumenau, Santa Catarina, diagnosticada com Espondilite Anquilosante, já fez cirurgias para reparar danos na coluna, atualmente está treinando forte para o IronMan em Florianópolis, Fernanda é verdadeiramente uma “IronWoman”
Fisioterapeuta está superando Espondilite com atividade física
A triatleta Fernanda Roberta Faria Von Der Hayde, nasceu em 1980 na cidade de Blumenau, Santa Catarina. Fisioterapeuta de formação, atuou na área em Unidade de Terapia Intensiva e como Professora Universitária nas disciplinas de Fisioterapia Cardiorrespiratória, Unidade de Terapia Intensiva, Reumatologia e Desportiva. Hoje sua dedicação é voltada ao triathlon. Três vezes 70.3 e uma vez Ironman Brasil Finisher (2017) ela se prepara para seu segundo Ironman Brasil com um desafio que vai além dos treinos: minimizar as consequências da Espondilite Anquilosante, uma doença autoimune, sem cura.
No seu histórico médico incluem três cirurgias na coluna – aos 21 anos a uma laminectomia, aos 30 anos uma discectomia e aos 31 anos a uma artrodese lombar – e atualmente realiza o tratamento da doença com anti-inflamatórios, medicação moduladora da dor, medicamento para lesão neuropática e ainda a terapia imunobiológica com uma injeção subcutânea imunossupressora (Simponi) a cada 21 dias (que atua bloqueando a ação do TNF-alfa e dessa forma, melhora os sinais e sintomas da doença, previne e controla a lesão articular e a perda de função, melhora a mobilidade da coluna vertebral, reduz a dor e eleva a qualidade de vida do paciente).
Fernanda é destaque de superação em diversos sites de notícias e blogues: o G1 destaca; “Ex-professora de Blumenau enfrenta doença crônica incurável e se torna triatleta. Ela acorda com o corpo rígido todos os dias e precisa fazer muita força para se movimentar. Ainda assim, não desiste do esporte.”
O esporte entrou para valer na vida da Fernanda em 2014, depois das cirurgias. Primeiro ela começou a correr, depois decidiu fazer triathlon. Após três anos, conseguiu completar uma prova de ironman: 42 quilômetros de corrida, quase 4 quilômetros de natação e 180 de bike.
“Pensei: ‘por que mais essa’? Mas no minuto seguinte, eu já estava pensando em como ia enfrentar. Não tem o que fazer, então tem que encarar da melhor forma”, disse Fernanda.
Ao portal dedicado ao triathlon Mundotri, Fernanda afirma que muitos médicos cogitaram a possibilidade de aposentadoria precoce de todas suas atividades. “Foi tão difícil pra mim ouvir de vários médicos que eu deveria cogitar a aposentadoria por invalidez, em certo ponto eu pensei: minha vida acabou”
Apesar de todos prognósticos Fernanda afirma: “Nunca pensei em parar de fazer esportes e sempre lutei contra todas as possibilidades. Continuei correndo, continuei treinando.”
A atividade física é um dos tripés de gerenciamento da espondilite anquilosante, atividade física, hábitos saudáveis (alimentação, não fumar etc) e o tratamento convencional, medicamentoso.
Para a revista Bem Estar, Fernanda menciona: “Foram anos de hidroterapia e musculação para que eu pudesse começar a correr em 2014, e em 2017 fiz o IM Brasil em 13:23:14 minutos, foram as horas mais felizes da minha vida, nunca senti nada comparado a emoção que é realizar um IM”, vibra Fernanda.
Ao compartilhar o seu dia a dia nas redes sociais, percebeu que poderia ser exemplo de superação para pessoas portadoras da doença e também para quem precisa de motivação para vencer as dificuldades da vida. Diagnóstico não é destino, esse é seu lema.
Ao nosso blog ela foi extremamente solícita, respondeu alguns comentários dos pacientes com EA em nossas redes sociais: “Sei que várias pessoas vão ler minha história e pensar, ela não deve sentir tanta dor, ele não deve ter a doença da mesma forma que eu tenho, a vida dela é fácil e vários outros julgamentos, que são normais… sempre é mais fácil diminuir a dor do outro para achar desculpas para a nossa própria situação.”
Fernanda ainda menciona: “Nada veio fácil para mim, já poderia ter me aposentando por invalidez devido ao meu quadro clinico na coluna, mas não aceitei esse destino. Depois de 15 anos sofrendo com problemas na coluna, fui diagnosticada com EA, diagnostico tardio, ou seja tenho a doença na forma avançada, sacroileíte graus 2 e 3, entesíte em todas as articulações, lise, lístese, degeneração e hérnia discal na vertebra L4.”
“Mas eu poderia escolher focar em todos esses problemas e ficar deitada, obvio que tem dias que fico deitada, dias que são insuportáveis, já fiquei sem conseguir caminhar, sem conseguir me manter sentada, ou levantar os braços… mas graças a Deus tenho uma capacidade de resiliência e resignação fantástica, e sempre foco no lado bom das coisas. Em primeiro lugar, olhe para o lado sempre terá alguém pior que você, em segundo tudo vem para nos ensinar algo, se focamos apenas no ruim, não estamos aprendendo nada.”
Fernanda finaliza: “Eu mudei minha rotina, minha alimentação, e principalmente evolui como ser humano a partir do meu diagnostico, e tento todo dia ser uma pessoa melhor, sei que terá sempre altos e baixos, mas eu não aceito me entregar, luto todos os dias bravamente, a doença não me define”.
Diagnóstico não é destino!
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