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Novos Preditores da Espondilite Anquilosante

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Novos Preditores da Espondilite AnquilosanteOs resultados de um estudo – Low birth weight and childhood infections predict ankylosing Spondylitis.

Novos Preditores da Espondilite Anquilosante

– Apresentado durante o congresso anual da Liga Europeia Contra o Reumatismo (EULAR 2015) mostraram que o diagnóstico da espondilite anquilosante pode ser previsto por baixo peso ao nascer, ter irmãos mais velhos e pela hospitalização por infecção entre as idades de 5-16 anos. Estes dados sugerem que estes fatores desempenham um papel importante na patogênese da doença.

“A espondilite anquilosante é uma doença inflamatória de causa desconhecida, caracterizada pela inflamação das articulações vertebrais e das estruturas adjacentes, levando à fusão óssea progressiva ascendente. As articulações periféricas comprometem-se menos frequentemente”, explica o reumatologista Sergio Bontempi Lanzotti, diretor do Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares (Iredo).
A espondilite anquilosante tem uma incidência que varia entre 3-14 por 1.000, sendo mais comum em homens que em mulheres. O quadro clínico é diferente dependendo do gênero. “Nos homens, o comprometimento da coluna, que consiste em rigidez, é comum. Nas mulheres existe mais artrite periférica e a rigidez da coluna vertebral é menos aparente. Nas mulheres, a doença pode ser confundida com um quadro de artrite reumatoide com fator reumatoide negativo no qual também não há nódulos subcutâneos”, explica o reumatologista.
Na patogênese da espondilite anquilosante fatores genéticos e ambientais estão envolvidos. A taxa de concordância entre gêmeos é de 50%.
A causa para o surgimento da espondilite anquilosante é desconhecida. Embora a doença esteja fortemente associada com o genótipo  HLA-B27, nem todos as pessoas que testam positivo para este marcador desenvolvem a doença.
“A ligação entre a espondilite anquilosante e o genótipo HLA-B27 foi estabelecida há mais de três décadas atrás, quando os estudos sobre os fatores de riscos ambientais ainda eram poucos. A pesquisa atual identificou três fatores associados ao aumento significativo do risco da doença mais tarde na vida. Esses dados reforçam a compreensão da interação entre a genética e o ambiente, no caso da espondilite anquilosante, e aproximam os pesquisadores das causas mais subjacentes da doença”, destaca o diretor do Iredo.
Segundo os pesquisadores, foram observados riscos aumentados significativos para bebês com baixo peso ao nascer (18% vs. 15%), ter irmãos mais velhos (63% vs. 58%) e hospitalização por infecções entre os 5-12 anos (5% vs. 3% ) e  entre os 13-16 anos (2% vs. 1%). “Estes fatores já foram implicados na associação de outras doenças. O efeito das infecções pode desencadear artrite reativa, o baixo peso ao nascer é um preditor  do desenvolvimento de doenças autoimunes (diabetes e artrite reumatoide) e uma ligação entre irmãos mais velhos já foi associada a um risco maior de asma”, diz o médico.

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