“Teoria da Dor” – Não me julgues, nem me conjugues, não sou verbo pro seu linguajar mas a mim terás que suportar. Sinto a graça no teu choro, te deixo cego com meu agouro.
Teoria da Dor
Texto do amigo de luta Silvio Ribeiro
Nobres e pobres sofredores da minha exatidão que te deixo fora do eixo da ilusão. Eis que aqui estou a te maltratar e folga jamais irei de dar, basta que tenhas momentos de sorriso que a você logo sigo.
Com meu senso propositado a sua lágrima me deixa embalada, corpo mole por mim surrado. Cabaleia que o teu corpo incendeia, me divirto com seu delírio, aos meus olhos és um colírio. Inusitado sabor do sangue fervente nas tuas veias puxo a minha corrente, como a garra do felino perfuro o teu corpo seja claro ou escuro.
Não me julgues, nem me conjugues, não sou verbo pro seu linguajar mas a mim terás que suportar. Sinto a graça no teu choro, te deixo cego com meu agouro. Noite fria, noite ardente sua mente eu quero presente no desvairado momento por mim declarado. Sou sensação penosa, confusa e difusa, uma rocha sem piedade que trava as pontas da maldade. Nunca serei teu capacho, muito menos o teu pelego pois a ti somente desejo o desapego da paz e do aconchego.
Se és forte vai me suportar, se és fraco vai desanimar e na sombra da vida vai vaguear entregando o seu corpo em penhor sem saber quando resgatar o seu valor. Eu sou insana, eu sou valente, eu sou a dor és tu que me sentes.
Me vencerás se estiver envolto pelo amor em teu corpo presente e de outrem que a marca do meu ferro quente te trará o bem sem pestanejar nem mesmo esperar o retorno que a vida pode dar.
S.Ribeiro
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