A necessidade da dor – Fazemos muita coisa para escapar da dor. Não fomos criados para ter dor. No Jardim do Éden, antes da queda do ser humano, não havia dor. Talvez seja bom lembrar que a palavra Éden significa? lugar de delícias.
“Ei, dor
Eu não te escuto mais
Você não me leva a nada
Ei, medo
Eu não te escuto mais
Você não me leva a nada”(Jota Quest)
Eu não te escuto mais
Você não me leva a nada
Ei, medo
Eu não te escuto mais
Você não me leva a nada”(Jota Quest)
A necessidade da dor
A necessidade da dor: Existe dor física, mental e espiritual. Dor é uma conseqüência da transgressão de alguma lei? A doença é um esforço da natureza para libertar o organismo de condições resultantes da violação das leis da saúde; Ellen G. White. A Ciência do Bom Viver, p.127, Casa Publicadora Brasileira. Se prestarmos atenção à esta definição possivelmente teremos que mudar nossa abordagem de como tratamos as doenças. O que ela diz? Ela diz que a dor, ou qualquer sintoma, um esforço que a Natureza faz para ver se consegue ficar livre daquilo que está perturbando seu equilíbrio e bom funcionamento. Ela é ao mesmo tempo uma defesa contra o desequilíbrio como é também a manifestação do mesmo. É uma mensagem dizendo: Ei! Pare um pouco! Você está fazendo algo em seu estilo de vida que está produzindo sofrimento! Ela é o alarme, a luz vermelha dizendo que há algo errado em nosso organismo (corpo-mente).
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Interessante que Hipócrates, o Pai da Medicina, dizia: É mais importante saber que pessoa tem determinada doença, do que qual doença tem tal pessoa?
A dor faz parte da recuperação. Fugir da dor, negando-a ou anestesiando-a, não resolve o problema, só adia a recuperação. Pode-se fugir da dor através de drogas lícitas e ilícitas, medicamentos, trabalho, sexo, compras, bingo, comida, religião, fitoterápicos, aquisições materiais e/ou acadêmicas intermináveis e insaciáveis, etc.
A mensagem judaico-cristã da Bíblia não revela que devemos usar a religião como escape da dor, mas como um instrumento para lidarmos com ela construtivamente.
Viver a dor, atravessar a dor, experimentá-la e expressá-la é o caminho da cura. Não estou falando de dores extremadas como certas dores físicas de um câncer, etc.
Quando fugimos da dor temos perdas e elas podem produzir doenças, desde as auto-imunes, degenerativas até as desordens da ansiedade, depressão e psicose. Fugir da dor emocional que precisa ser encarada para aprender-se a sobrepujá-la, pode causar a perda de uma parte da identidade e a habilidade de auto-proteção saudável.
Ter consciência da dor não é fácil. Como você tem lidado com sua dor emocional? Tem tido consciência dela? Será que os sintomas repetidos que frequentemente o levam a médicos não podem ter origem na dor emocional/espiritual mal resolvida?
Existe dor emocional inconsciente? Sim. Mecanismos de defesa psicológicos entram em ação assim que sentimos um tipo de dor que não conseguimos administrá-la conscientemente, e a mantém afastada da superfície do consciente e/ou a canaliza para atitudes mais funcionais ou disfuncionais. A sublimação, por exemplo, é um tipo de mecanismo de defesa psicológico. Uma pessoa agressiva pode sublimar sua agressividade e tornar-se um policial para defender a comunidade da violência, enquanto que outra com a mesma tendência à ser agressiva pode falhar nisto e causar prejuízos à população. Há mecanismos de defesa psicológicos funcionais e disfuncionais, ou seja, construtivos e destrutivos.
Não tenha medo de sua dor. Não fuja da dor. Expresse-a com sinceridade e honestidade com alguém confiável. Alguém confiável é uma pessoa que sabe ouvir, que sabe manter confidência e privacidade, é ética, não abusará de você, não irá ironizar seu relato, não se espantará com o que você disser, tentará compreender, procurará ser simpática (sentir com) e empática (sentir dentro), estimulará a que você encontre suas próprias respostas, lhe dará apoio nos momentos necessários, sem superproteção e controle.
Experimente sua dor. Isto significa vive-la. Dê um nome para ela. Identifique-a. É angústia? Tristeza? Raiva? Nojo? Irritação? Culpa? Vergonha? Deixe a dor aí onde ela está. Não saia por aí falando para as pessoas sobre como se sente. Fale para Deus. Para você mesmo e, se preciso, para aquela pessoa confiável. Tente entender de onde vem esta dor. Ela não surge por acaso. Algo a motivou. Pode ter sido algo de sua imaginação somente. Então, pergunte-se: que imaginação? Depois que fizer esta auto-análise da dor, deixe-a ir. Solte a dor. Você não é a dor. Você é mais do que ela. Use decisões racionais conscientes para deixar a dor ir e retomar qualquer tarefa que você tem pela frente. Faça como conseguir. Faço o que puder. Seja razoável com você mesmo. Não se cobre ter que estar se sentindo bem. O que é bom passa, mas o que é ruim, também passa. A dor vai passar. Ela vem e ela vai embora. Deus é maior que sua dor e Ele faz você maior que sua dor e lhe dá capacidade de enfrentá-la e deixá-la ir.
A dor é tão linda quando cantada, ou contada em versos e poesia, porém, só quem a sente na pele, nos ossos, no corpo fisicamente é que sabe o quanto é dolorosa, mas como não escutar a dor que grita em meus ouvidos e em minha alma? Eu diria. Ei, dor eu não te quero mais, mas não a queremos todos nós, porém a dor é necessária é um indicador de algo não vai/está bem, é através dela que nos protegemos e investigamos o que não está bem, em nosso caso ela se faz necessária para protegermos nossos órgãos, nossos ossos e nossas articulações evitando impacto e nos tratando.
Fonte: Portal Natural
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