Processo inflamatório e alimentação – Compreenda como a alimentação pode influenciar seu estado físico em relação aos fatores inflamatórios e anti-inflamatórios.
Processo inflamatório e alimentação
Segundo Dr. Roberto Navarro Sousa Nilo (para o portal Minha Vida)Toda vez que nosso corpo sofre algum tipo de injúria (lesão) seja por exemplo por um corte na pele ou uma “invasão” por patógenos como bactérias, vírus, protozoários ou fungos, algo deve ocorrer dentro do nosso organismo para que a lesão seja reparada (cicatrizada) ou os “invasores” sejam detidos e eliminados. Estamos então aí diante de um quadro chamado de reação inflamatória, que mobiliza um exército de substâncias específicas chamadas de citocinas pró-inflamatórias com nomes bem exóticos como interleucinas, leucotrienos, interferons, prostaglandinas, TNF-alfa entre outros. O objetivo destas substâncias é iniciar um processo de reconhecimento dos invasores e avaliar o tamanho do estrago na região afetada e, a partir de então, começar um processo de eliminação dos invasores e de reparação (cicatrização) dos tecidos lesionados.
Porém, os soldados que participam desta missão (citocinas pró-inflamatórias) que vão combater os invasores (bactérias, fungos, vírus) são tão violentos e fortes que podem, além de combater os inimigos, também atacarem as nossas próprias células saudáveis da região que está sendo afetada, como se fossem verdadeiros Kamikazes.
Exatamente por este risco desnecessário é que nosso organismo também precisa produzir substâncias chamadas de citocinas anti-inflamatórias, que têm a missão de migrarem até a região do corpo onde a batalha está ocorrendo para controlar a potência da reação inflamatória e não permitirem uma autoagressão das citocinas pró-inflamatórias contra o nosso próprio organismo. Fica claro então que o início da ação das citocinas pró-inflamatórias é fundamental para nos defender de invasores e reparar os tecidos lesionados pelo trauma local, mas jamais devem persistir por muito tempo, pois se não o próprio organismo sofre as consequências deste persistente arsenal de armas com auto poder de destruição. Graças às citocinas anti-inflamatórias temos um auto controle deste processo. Esta gangorra citocinas pró-inflamatórias versus anti-inflamatórias precisam atuar em perfeito equilíbrio para que tudo corra bem.
Processo inflamatório e alimentação
Para compreender como a alimentação pode influenciar seu estado físico em relação aos fatores inflamatórios e anti-inflamatórios, atente as seguintes informações os alimentos fontes de ômega 6 são pró-inflamatórias e as fontes de ômega 3 anti-inflamatórias. Então devo abster de ômega 6 e consumir fontes de ômega 3? A resposta é NÃO, pois nosso corpo necessita de respostas inflamatória quando necessita se defender de agentes invasores, ou ferimentos. Devemos então equilibrar essa balança, normalmente nossa nutrição ocidental está num saldo negativo de derivados de ômega 3, e um excesso de ômega 6 numa proporção de 16/1g, e o ideal seria o consumo de 1g de ômega 6 para um grama de ômega 3.
Processo inflamatório e alimentação: Confira os alimentos ricos em ômega 6 para que ele possa ser obtido naturalmente pelo seu organismo.
- Óleo de girassol. A maioria dos óleos vegetais são alimentos ricos em ômega 6
- Óleo de milho
- Óleo de soja
- Óleo de abacate
- Óleo de canola
- Óleo de semente de linhaça
- Óleo de prímula
- Óleo de azeite de oliva
Alimentos ricos em ômega 3:
– Atum
– Azeite de oliva “virgem extra”
– Bacalhau
– Brócolis ou Brócolos
– Cavalas
– Couves
– Espinafres
– Óleos (soja, canola, girassol e milho)
– Nozes
– Salmão
– Sardinhas
– Sementes de linhaça
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