
Alimentos que contribuem positivamente no seu estado físico – “Como disse Hipócrates,” Deixe o alimento ser sua medicina e que a medicina seja o teu alimento”. Agora, mais do que qualquer outro momento da história, a pesquisa está indicando que ele estava, e ainda está, certo. Certos alimentos podem ajudar a reduzir a inflamação, enquanto muitos outros podem, de fato, piorar.
Alimentos que contribuem positivamente no seu estado físico

Nutricionistas que se especializam em trabalhar com pessoas que sofrem com condições inflamatórias, em particular condições inflamatórias articulares e obesidade, é o recurso mais solicitado, de longe.
A chave da alimentação dos pacientes com uma doença reumática em especial a espondilite anquilosante é seguir uma dieta anti-inflamatória. Para isto, é preciso fazer uma escolha inteligente de alimentos ricos em antioxidantes, em fibras e em gorduras saudáveis, visando ajudar na redução das dores da doença.
“Como as restrições provocadas pela EA já são muitas, é preciso orientar muito bem o paciente, para que ele não pense que todos os prazeres da mesa lhe serão retirados. Com informação apropriada e opções alimentares fica mais fácil seguir uma dieta correta. Por isto é fundamental contar com apoio nutricional, neste sentido”, orienta o reumatologista.
Alimentos com potencial inflamatório
Carne vermelha, carne de porco, aves, ovos e manteiga
Estes alimentos de origem animal contêm muita gordura saturada, o que é prejudicial para o paciente espondilítico, pois aumentam a inflamação das articulações. O que comer ao invés destes alimentos? “A gordura saturada está na gema do ovo, assim, faça um omelete só de claras. Se o paciente é fã de leite, opte pelo desnatado. Se não abre mão de carne, prefira os cortes mais magros, tais como bifes do lombo, peito de frango e costeletas de lombo de porco. A proteína ideal para consumo diário é a que vem do salmão e da cavala, alimentos ricos em ácidos graxos, ômega-3″. É preciso dar prioridade a alimentos que tenham fontes de gordura vegetal, ao invés de animal. A gordura não deve ser abolida da dieta, mas o consumo apropriado abrange mais gorduras polinsaturadas e monoinsaturadas, tais como as que encontramos no azeite de oliva, nas nozes e no abacate.
Nada de salgadinhos industrializados e margarina
A maioria dos salgadinhos industrializados e das margarinas contém ácidos graxos trans ou gordura trans. Uma dieta rica em gordura trans aumenta a proteína C-reativa, marcador que indica a quantidade de inflamação no sangue. Segundo um estudo da Harvard Medical School, publicado no American Journal of Clinical Nutrition, os alimentos ricos em gordura trans afetam profundamente os marcadores inflamatórios, tornando-os duas vezes tão perigosos quanto as gorduras saturadas.”É preciso ler com cuidado o rótulo dos alimentos, antes de comprá-los, para evitar o consumo excessivo de gordura trans. Muitos pacientes podem facilmente exceder a quantidade máxima diária recomendada de gorduras trans, ingerindo apenas três torradas bem crocantes”, alerta Sergio Lanzotti. A aposta mais segura, neste caso, é ficar longe de produtos que incluem óleos parcialmente hidrogenados na lista de ingredientes, que é o código para teor de gorduras trans. “Quando o paciente pensar num lanche crocante, deve descartar os salgadinhos e optar por um punhado de nozes, grande fonte de ômega-3. No caso das margarinas, já existem versões do produto no mercado sem gordura trans e com a adição de ômega-3, estas devem ser priorizadas”, orienta o médico.
Bolos, biscoitos, pães brancos, batatas e arroz branco
Estes alimentos possuem alto índice glicêmico, ou seja, eles rapidamente se transformam em açúcar, fazendo subir os níveis de insulina, que podem causar inflamação nas articulações. “O açúcar agrava o processo inflamatório. Se você deseja comer algo açucarado, junte uma proteína, para retardar a transformação dos alimentos em glicose”, informa o diretor do Iredo. De acordo com a Arthritis Foundation, ao substituir o pão branco, batatas e arroz por doses moderadas de pão integral, batata doce e arroz integral, o paciente está diminuindo seu índice glicêmico, além de adicionar mais fibras à dieta, que combatem a inflamação. Cerejas, maçãs e pêras são alimentos de baixo teor glicêmico. Cozidos e temperados com canela, podem susbtituir bem qualquer sobremesa mais calórica.
Produtos lácteos e trigo
Alguns alimentos a base de leite e de trigo podem desencadear reações alérgicas, intolerância alimentar, síndrome do intestino irritável e dores de cabeça. Se o paciente com doença reumática tem sensibilidade alimentar, o sistema imunológico cria anticorpos cada vez que ele ingere um alimento a base de leite ou trigo, causando um ciclo de inflamação.”Para evitar estes episódios, é preciso eliminar os alimentos que perturbam o trato gastrointestinal e escolher substitutos mais saudáveis. Como não é fácil fazer estas substituições alimentares sozinho, reforçamos a importância do acompanhamento nutricional, para que o paciente possa fazer escolhas alimentares mais apropriadas”, conta o reumatologista Sergio Bontempo Lanzotti.No Estados Unidos, já são comuns websites onde os pacientes trocam receitas apropriadas ao tratamento de sua doença, confira, por exemplo o Cozinhando com artrite .
FONTE: GUIA DA MULHER
O que você come é crucial para a dieta, longevidade e, acredite, também para aliviar dores. Sim, há indícios de que alguns alimentos podem ajudar a aliviar inflamações, que causam incômodos no corpo e mal-estar. Por isso, o site Health selecionou as melhores e piores comidas para você colocar no seu prato quando o assunto é dor. Confira a seguir:
Salmão ajuda a combater dores nas articulações
Salmão (melhor): rico em ômega-3, ele ajuda a reduzir dores e inflamações. Estudos apontam que o ômega-3 protege e ajuda a reduzir a artrite. Para quem preferir, atum tem os mesmos efeitos.
Azeite de oliva (melhor): funciona da mesma maneira que o ômega-3, reduzindo a inflamação dolorosa das articulações, de acordo com Hyon Choi, professor de medicina na Boston University School od Medicine. O alimento é um marco na famosa dieta mediterrânea e já foi comprovado que ajuda a melhorar o desempenho físico e a vitalidade. Um composto chamado oleocanthal, que dá sabor ao azeite, pode ter o mesmo efeito que anti-inflamatórios ao organismo.
Curcuma{açafrão da terra} (melhor): o tempero é usado com frequência na Índia e outras partes da Ásia. Ele contém curcumina, um ingrediente que tem propriedades anti-inflamatórias, embora esses efeitos sejam “muito suaves”, assim como explica Eric L. Matteson, presidente de reumatologia da Clínica Mayo, em Minnesota, Estados Unidos.
Leite (melhor e pior): algumas pesquisas sugerem que laticínios ajudam a combater dores nas articulações, enquanto outros apontam exatamente o contrário. Isso acontece porque pessoas alérgicas a caseína, proteína encontrada no leite, pode desenvolver inchaço, segundo Matteson. Por outro lado, um estudo feito com quase 30 mil mulheres descobriu que quem consome níveis elevados de vitamina D, por meio de laticínios, pode ter efeitos anti-inflamatórios no corpo.
Cebola (melhor): esse alimento contém altos níveis de fitoquímicos, que podem reduzir inflamações no corpo. Um estudo apontou a quercetina, um composto encontrado na cebola, é o responsável por esse efeito.
Alho (melhor): alho também ajuda a combater dores no corpo e artrite. Assim como a cebola, esse alimento tem propriedades que podem manter as articulações longe de dores. “O alho tem fitoquímicos, que foram mostrados em estudos com camundongos e ratos, como agentes anti-inflamatórios semelhantes ao ibuprofeno”, detalhou Lona Sandon, professora assistente de nutrição na UT Southwestern Medical Center, em Dallas.
Álcool (melhor e pior): vários estudos têm mostrado que pessoas que bebem com moderação têm um risco menor de serem diagnosticadas com artrite reumatoide e, se já tiverem a doença, apresentam sintomas menos graves e dor mais leve do que pacientes que não bebem. Mas Sandon alerta que é preciso tomar cuidado para não misturar álcool com medicamentos para evitar maiores problemas.
Framboesas, morangos e amoras (melhor): essas frutas contêm fitoquímicos, conhecidos como antocianinas – responsável pela cor vermelha e roxa dos alimentos -, que podem trazer benefícios para o corpo “Esses compostos têm ações anti-inflamatórias”, explica Sandon. Em um estudo, animais alimentados com framboesa foram menos propensos a sofrer de artrite severa que os demais. Além disso, essas frutas desenvolveram um efeito protetor sobre a cartilagem.
Bacon, manteiga e creme de leite (pior): as gorduras saturadas do bacon e outros produtos animais contêm ácido araquidônico, que pode agravar inflamações e aumentar dores e inchaços. Por isso, o melhor é apostar em proteínas magras.
Brócolis (melhor): uma dieta rica em vegetais é aliada a saúde. Um estudo descobriu que pessoas que comem legumes cozidos regularmente têm 61% menos chances de desenvolver artrite reumatoide. Outra pesquisa mostrou que dietas vegetarianas podem aliviar o inchaço nas articulações.
Cereja (melhor): “as cerejas podem influenciar na sensação de dor”, afirmou Sandon. Estudos mostraram que as cerejas ajudam a aliviar um tipo de artrite que causa episódios frequentes de dores e incômodos. De acordo com um estudo conduzido por Choi, pessoas que comem cereja a cada dois dias têm 35% menos chances de enfrentar esses desconfortos.
Carne vermelha: estudos sugerem que pessoas com uma dieta com grande quantidade de carne vermelha têm maior risco de desenvolver artrite inflamatória. Ainda não se sabe o motivo, mas as gorduras do alimento ou radicais livres podem ser responsáveis por essa inflamação. De qualquer forma, o indicado é evitar carne vermelha não só para dores, mas também para o coração.
Berinjela (melhor e pior): berinjela é um vegetal que gera dúvidas entre benefícios e prejuízos para o corpo. “Há especialistas que dizem que o alimento ajuda na inflamação e outros dizem que piora”, afirma Matteson. Mas vale lembrar que cortar esse ingrediente do cardápio pode tirar nutrientes importantes da dieta.
Glúten (pior): pessoas com doença celíaca, que é uma intolerância grave ao glúten, têm mais chances de desenvolver artrite. O glúten é encontrado no trigo, centeio, cevada e produtos com grãos, incluindo pães, massas e cereais. Além disso, alguns medicamentos e vitaminas também contêm o composto. Para substituí-lo você pode optar por legumes, nozes e arroz. Mas tenha em mente que uma dieta sem glúten é difícil e cara, então não há necessidade de tirá-lo de seu cardápio desde que deu corpo não apresente problemas.
Amido (o pior): começou a ser testada em muitos pacientes com EA. Os resultados têm sido bastante reveladores. Tanto que o professor que desenvolveu esse estudo é conhecido como “o médico que incomoda”. Inúmeros relatos mostram como a dieta, conjugada com o exercício físico, diminui consideravelmente os índices de inflamação, no organismo. Saiba mais sobre essa dieta aqui
Bebidas açucaradas: não há nenhuma evidência clara de que bebidas açucaradas são boas ou ruins para dores crônicas. No entando, elas tendem a ser pobres em nutrientes e ricas em calorias, o que contribui para a obesidade. Em geral, o excesso de peso pode aumentar o risco de desenvolver artrite reumatóide em 24%, de acordo com estudo feito por Matteson. O peso extra também aumenta a pressão nas articulações. Por isso, o melhor é evitar esse tipo de bebida.
Iogurte: alguns tipos de iogurte contêm probióticos, microorganismos benéficos, que podem ajudar a prevenir artrite e problemas intestinais. “Há uma teoria de que um intestino saudável pode controlar algumas inflamações porque você tem boas bactérias lutando por você”, explica Sanson. Ainda assim, claro, é melhor evitá-lo se você é alérgico ao produto.
Fonte: Saúde Terra
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