Estados Unidos, como funciona o sistema de saúde? – Fiz muitas pesquisas sobre o tema, mas tive que fazer uma compilação de vários textos para se adequar a nossa necessidade. Se você tem diagnóstico de Espondilite Anquilosante e pretende morar ou viajar aos Estados Unidos, pense muito antes de aventurar.
Estados Unidos, como funciona o sistema de saúde?
Muita confusão é feita com relação ao sistema de saúde americano. Há quem diga que não existe sistema público ou que o sistema privado não é totalmente acessível. Nesse post explicarei a vocês as definições e especificações dos sistemas de saúde existentes nos Estados Unidos.
Nos EUA encontram-se os melhores recursos de tratamento e os melhores profissionais especializados, mas na prática você não tem acesso total a essa famosa saúde de qualidade. Isso acontece caso você não tenha condição de ter um plano de saúde, ou porque seu seguro não consegue cobrir todas as taxas adequadamente.
Normalmente o plano de saúde é oferecido pelas empresas onde as pessoas trabalham, mas nem sempre oferecem todas as opções disponíveis, porque quem pré-seleciona os planos é o empregador. Há também a opção de contratar um plano privado diretamente, mas vai sair um pouco mais caro.
É preciso diferenciar os sistemas de coberturas universais e o acesso a saúde. Em termos gerais, a cobertura diz que o cidadão tem direito a utilizar o sistema de saúde (SUS, no Brasil). Entretanto, o acesso à saúde já é outro ponto. Para garantir o tratamento, nem sempre é tão acessível: a pessoa precisa passar por longas filas, demoras e acumulação nos corredores dos hospitais e clinicas país. Nos Estados Unidos não é como no Brasil … a saúde é pública (mas não é totalmente grátis) e muito mais eficaz que no Brasil, com médicos e materiais especializados, mas depende de qual cobertura você vai contratar.
Veja também, Como funciona o sistema de saúde Inglês, Português, Espanhol, Canadense, Italiano, estadunidense e alemão
Seguros saúde
O governo também possui seguros de saúde para todos. Aos idosos é proposto o Medicare, um seguro para pessoas acima de 65 anos, pessoas abaixo de 65 anos com algumas deficiência e pessoas de todas as idades com insuficiência renal crônica. Esse seguro inclui seguro hospital, seguro médico e cobertura de alguns medicamentos.
Para pessoas e família de baixa renda, existe o Medicaid, um seguro administrado pelo Estado para atender a critérios e especificidades como idade, gravidez, cidadania americana (imigrante legal), renda.
Em média os seguros pagam 80% e sobra 20% de co-seguro para o cidadão pagar.
Assistência médica privativa
São planos de saúde pré-pago que também fornecem a cobertura e o serviço de assistência médica. Os planos de assistência médica administrada usam médicos, clínicas e hospitais de outros serviços de saúde conveniados, o que a acaba saindo mais em conta do que os seguros saúde.
O Healt Maintenance Organization (HMO) é um tipo de cobertura que inclui acesso a um clínico geral (que vai ‘guiar’ o paciente em todos as consultas), atendimento de emergência, especialização e hospitalização quando necessário. Há uma pequena contribuição de pagamento para cada consulta.
Já o Exclusive Provider Organization (EPO) usa uma rede conveniada de médicos, hospitais e fornecedores de médicos especializados. Aqui a pessoa pode ir direto ao especialista conveniado, sem passar antes por um clínico geral.
O Point Of Service (POS) oferece a melhor combinação de benefícios: a pessoa terá um clínico geral que encaminha para especialistas conveniado, não franquia para os médicos pertencentes ao plano e paga uma pequena contribuição por consulta.
O Preferred Provider Organization (PPO) é um conjunto de médicos e hospitais que fornecem serviços médicos apenas para um grupo/associação específico. Pode ser patrocinada por uma seguradora, empresa ou tipo de organização. Os empregos da PPO podem atender tanto com médicos conveniados quanto com médicos externos, com limite de gasto por pessoa/família.
Vale lembrar que tanto o seguro saúde como aassistência médica privativa possuem taxas de acordo com alguns exames (co-participação), consultas especializadas ou cirurgias além das carências específicas.
Há muitos prós e contras sobre o sistema público de saúde americano. Por isso é ideal se informar, estar com visto e documentação em dia (caso esteja a passeio) ou cidadania (caso esteja morando) para não sofrer nenhuma situação desconfortável nos hospitais e clínicas médicas dos Estados Unidos.
Condições pré-existentes: Nos EUA, mesmo depois do Obamacare, a maior parte dos seguros privados fazem um processo de aplicação que verifica todo o seu histórico para dizer se você é ou não passível de contratar aquele plano. Na verdade, isso ocorre como uma forma de defesa das empresas com o objetivo de não perder dinheiro com segurados que tenham uma situação de saúde complicada e isso faz parte do contexto de mercado, é claro.
Agora, se você tem condições financeiras excelentes e prova isso, não importa a sua condição pré-existente pois você pode arcar de uma forma ou de outra (aliás, quem é rico mesmo, será que precisa de seguro saúde?). O ponto x aqui é que, se pegarmos os dados da população americana e cruzarmos com a situação de obesidade crônica que existe no país, em especial nos adolescentes e jovens, em tese, eles nunca vão conseguir ter um seguro-saúde na medida em que eles possuem uma situação extremamente favorável a doenças cardio-vasculares, concordam? E o que esses milhões de americanos jovens, acima do peso, vão fazer no futuro?
Os procedimentos no geral são conhecidos, as regras de jogo sãs as mesmas que ocorrem em outros países, como é o caso do Brasil e tudo segue. Porém, o problema não é esse: a questão central do debate é – eficiência da saúde americana e falta de um sistema universal que não assegure atendimento aqueles que não tem seguro.
Fontes: Viver em Orlando, Lele Teles,
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