Reumatismo a Caminho da Cura – Ninguém sabe quanto tempo pode durar um segundo de sofrimento. Graham Greene, escritor inglês (1904-1991). Uma revolução está em curso. Enfermidades que há pouco mais de duas décadas ofereciam um prognóstico sombrio agora podem ter outro desfecho, mais otimista.
Doenças reumáticas potencialmente incapacitantes, como a artrite reumatoide, capazes de deixar sua vítima imobilizada numa cadeira de rodas, cheia de dores e deformações, hoje podem ser tratadas e detidas. Além de provocar dor, incapacidade física e afastamento do trabalho, sendo causa comum de aposentadoria precoce, ainda pode acarretar deformidades e comprometer órgãos nobres, como rins, coração e pulmões.
Embora a maioria dessas patologias não seja eminentemente fatal, reveste-se de gravidade pela frequência e por seus altos custos pessoais e sociais. Ainda é cedo para falar em cura, mas a ciência caminha nessa direção. Novos e potentes tratamentos estão mudando para melhorar a vida dos pacientes.
Eles colocam a doença em remissão, evitando a destruição articular e suas graves consequências.
Reumatismo a Caminho da Cura
Antes, a Medicina dispunha de recursos escassos para lidar com essas ameaças. Os fármacos disponíveis se limitavam a atenuar os sintomas: a dor e inflamação eram contornadas por meio de analgésicos e anti-inflamatórios. Graças ao advento de novas medicações foi possível intervir na evolução da doença. Mesmo nos casos mais graves. Porém, hoje é possível evitar a evolução da doença, a total destruição articular e suas demais consequências. O panorama das artrites começou a mudar com o surgimento de um grupo de drogas conhecido por DMARDs (disease-modifying antirheumatic drugs, drogas antirreumáticas modificadoras da doença) e, atualmente, conta-se também com os medicamentos biológicos.
Neste cenário de progressos nas opções terapêuticas, a médica Evelin Goldenberg, que dentre outros títulos é Doutora em Reumatologia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), escreveu Reumatismo a caminho da cura.
A obra mostra como o diagnóstico precoce e o tratamento bem instituído podem proporcionar ao paciente uma melhor qualidade de vida. De acordo com a autora, “este livro pretende colaborar para suprir uma lacuna. Há evidências de que os pacientes e alguns médicos desconhecem os atuais benefícios dos novos tratamentos. Já disse uma vez e insisto: a educação do paciente, apoiada em dados atualizados e evidências científicas, é o primeiro passo para a recuperação. Por isso, as páginas deste livro discorrem sobre as novas possibilidades de tratamento com o propósito de divulgar informações, esclarecer dúvidas, desfazer mal-entendidos e, principalmente, ajudar os doentes a superarem seus sintomas. Livres de dores e de limitações, eles podem voltar a ser os protagonistas das próprias vidas. Essa convicção inspira meu trabalho”.
Inspirada por essa convicção, Dra. Evelin se debruçou em pesquisas, lançou mão de sua experiência clínica, e o resultado você acompanha nos seis capítulos deste livro.
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